31 de mai. de 2011

Devem estar de brincadeira com a minha cara, mas eu estou achando ótimo


No post anterior a esse, eu disse que alguém de um plano superior me quer gorda.

Agora eu tenho cer-te-za!!

Ganhei três dias em um resort, na praia com comida e bebida inclusas na diária.
Não que eu esteja achando ruim, exatamente, mas vou insistir na dieta assim mesmo.
Vai que ganho outro "prêmio" desse nível.

30 de mai. de 2011

Desabafo


Deve existir algum plano divino superior contra a minha dieta. Será que os deuses me querem assim?? Rechonchuda??? Estou me comportando, evitando doces, inclusive contato visual com os mesmos, e estou na TPM, ganho uma caixa de chocolate! Próximo final de semana, tem festa, comemoração. Quando eu não estou de dieta, eu não ganho chocolate, não existem tantas comemorações assim, bota-foras, aniversários. Qualé??? Ah, não é apenas lei de Murphy. São muitas calorias para ser apenas essa maldita lei.

Li em algum lugar que para emagrecer 1 kilo é necessário economizar cinco mil calorias. Eu me esforço para economizar minhas 600 calorias diárias e quando eu penso que tudo que eu fiz na semana pode ir embora em um dia, é terrível. Ainda assim, na TPM alguém me dá chocolate. Eu nem tava lembrando de chocolate. Estava meio chorosa sim, tá, muito chorona, mas realmente nem lembrava do consolo do chocolate até o mesmo cair no meu colo! MALDITOOOOOOOO

Quando eu resolvo fazer dieta, eu evito comentar, porque sempre tem aquela gentinha falsa que diz: "Mas você não precisa emagrecer..." Eu respiro e respondo: ah, eu quero. Porra, claro que eu não preciso, eu não tenho obesidade, sou rechonchuda, sedentária, e meio deprimida, quando eu penso no meu corpo de 2 anos atrás, magro, saudável e bonito. Agora eu tenho que me tratar de enxaqueca, de tumor beningno, de infecção renal. Quando eu era magra eu não tinha nada disso. Até imagino o que os céticos que dizem que não preciso emagrecer diriam: ah, mas isso é concidência, agora você está num período mais estressante da sua vida, e blá blá blá blá.  Estar infeliz com o meu corpo é um grande fator de estresse e quero eliminar o estresse que eu puder. Comecei a fazer dieta, caminhada, apesar da TPM estar aqui, eu não tive enxaqueca, como eu costumava ter. Eu estou tentando ser saudável, e aparentemente isso está me ajudando, então, cadê o botão de desligar tentações???

Eu estava quase na casa dos 90kgs, agora estou perto de sair da maldita casa dos 80, por que eu tenho que ganhar chocolate e me entregar a ele?? Dança hormonal dos sete infernos. 

Eu não vou desistir, maldito chocolate!

29 de mai. de 2011

Platonismo


Queria poder te torturar com toda essa fome que tenho do teu corpo. A tua ausência não mata meu desejo, apenas abre diversos leques na minha mente. Mentalizo teu corpo, teu cheiro, teu gosto, tua saliva, tua pele. Sonhando acordada vou me saciando, da melhor forma que posso.

Vida Sacana

Eu queria saber falar como eu escrevo. Não que eu escreva maravilhosamente bem, mas escrevo melhor do que falo. Será que meus dedos são mais espertos que a minha boca? Meus dedos não gaguejam, quase nunca hesitam, talvez diante de alguma palavra de grafia complicada. Quando eu tenho que falar, que enfrentar, me expressar, minha boca hesita, escolhe demais as palavras e acaba perdendo o tempo para fazer as colocações certas, as piadas engraçadas, o comentário inteligente e engraçado. O melhor de mim se esconde entre as letras, e quase ninguém o vê.

26 de mai. de 2011

Ainda bem que os livros existem


Nem adianta insistir.
Jamais irei assumir
essa minha burrice.




Sempre irei lutar contra ela.


Platônico



por te amar
tanto assim
revolvo céus
revolto mares
movo placas tectônicas

niña, louca
reviro tudo a tua volta
teu mundo vira um haiti

aquele rumor
de um tsunami
no havai
(que não houve)
era você, nem aí.


Valéria Tarelho

Chato chefe


Eu não sei mais o que fazer. Sei lá, tipo, não é que todo mundo seja obrigado a gostar de mim, mas tem que escrever na testa que me detesta? Faz tudo como deve ser feito, mas parece que não faz segredo do que realmente pensas de mim. Nenhuma empatia, nenhuma simpatia. Não que tu faças alguma falta de educação, mas tem excessos de falta de consideração, de frases feitas para doer, naquele jeito que só entende quem recebe a ironia, ou ordem fria.  Não sou tão burra quanto pareço, mas que agora padeço, se falta de vontade, de falta de desejo, de falta de estímulos. Você cortou todos.

22 de mai. de 2011

Expurgo


Não quero mais a espera. Não é que eu tenha pressa, mas cansei de apenas esperar. Quero mais, bem mais. Os meus sonhos e desejos depois de tanto desprezo sedimentaram, cairam das nuvens e ficaram no fundo: lodo de sonhos.  De tanto te esperar estava começando a morrer. Vou resgatar meus sonhos do lodo, vou voltar a viver.

Nas migalhas, nos rastros, vou recolhendo pedaços, caros, raros, útopicos.
Nas migalhas, nos rastros, vou idealizando, sonhando com o que não existe e não é.
Nas migalhas, nos rastros, vou definhando porque nunca acho o final.

19 de mai. de 2011

Entropia


Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia. Quem dá conselhos tem boas inteções. O inferno é cheio de boas intenções. Quem gosta de dar conselhos vai pro inferno? Eu não sei seguir conselhos. Já devo até ser motivo de chacota: "Como ela é idiota!!"  

Eu não sinto mais meus pés, e nem sinto mais minhas mãos, apenas a minha mente insana. Cansada, cansada de tanto acreditar, que já chega a delirar. Aqui dentro é tudo tão bonito, quando tudo de fora é frio e só espera. Eu não sei até quando esperar. Estarei eu viva até lá? A minha paciência não é de Jó, mas está com nome de esperança, alguém sabe quando esta morre? 

Queria te dizer que o chão aonde pisas é sagrado, mas tá mais pra hedonisticamente profanado, mas mesmo assim tire os sapatos e faça a devida reverência. 


Balada da Contra-mão

Balada da Contramão:

Essa canção é por você
Que já cansou de escutar
Mas tem vivido sem viver
Mas não deixou de acreditar.

E que assim como eu
Esperou mas correu
Pro dia em que alguem ousasse entrar
Fosse na contramão, na sua estrada sem chão
Descansasse a vista, pra então habitar
Habitar, habitaaaaar.

Eu vou tentar mais uma vez
Por quem não pode mais tentar
Sair a noite por ai
Com pouca história pra contar..

Pra quem assim como eu
Esperou mais correu
Pro dia em que alguém ousasse entrar
Fosse na contramão, na sua estrada sem chão
Descansasse a vista pra então habitar..

Pois assim como eu, esperou mais correu
Pro dia em que alguem ousasse entrar
Fosse na contramão, sua estrada sem chão
Descansasse a vista pra então habitar
Habitar.

"A Banda Mais Bonita da Cidade"

17 de mai. de 2011



Ai! Como eu queria sonhar menos! Sonhar menos com essas possibilidades que quase nunca acontecem. Com os olhos que não mais me olham e a boca que não mais me sorri. Queria sonhar, com coisas lúdicas, puras e belas. Não com a lasciva vontade que tenho de ti. O azul dos teus olhos me aterroriza no azul do céu, e de repente, me pego em devaneios nada púdicos....Já cansei de foder mentalmente! Some da minha mente, diabo!

9 de mai. de 2011

SMS da sorte


Se a sorte está com você, para quê a pressa? Se a sorte está contra você, para quê a pressa?

Provérbio vietnaminta

nao aconteceu

Essa é uma história de amor, que não aconteceu, mas aviso, contém inúmeros clichês. Talvez não seja de amor, por não ter acontecido, mas enfim, vamos a história. Foi num forró onde tudo começou. Engraçado começar algo em um forró, porque a palavra forró tem origem no inglês, um aportuguesamento de for all. Uma quase história de amor começar no local de "para todos", além de altamente democrática é quase que um clichê.

Eles se olhavam, de longe. No peito dela, palpitações, na pele suor frio. Nele, nem me atrevo a dizer aonde que palpitava. Ele fez o universal gesto do "quer dançar comigo?" levantando a mão esquerda e posicionando a direita na altura da onde deveria ficar a cintura da moça. Ela topou. Foram para o meio do salão. Ela de saia preta comportadamente na altura do joelho, blusa cinza, cabelos cor-de-trigo (li isso em um livro hoje e achei uma boa descrição para esta cor de cabelo). Ele, cabeça raspada, mãos calejadas, calça jeans e camisa xadrez. Dançaram e dançaram. Não ousavam conversar, talvez fosse o clima de dançar que estivesse bom demais para se estregar com palavras, ou porque já estavam tão ofegantes após 5 músicas sem parar que sequer tentavam conversar. Paravam vez ou outra e tomavam um copo de cerveja. Ele se atreveu a perguntar o nome dela, a saber algo dela. Ela respondeu e fez também as suas perguntas. Logo voltavam a dançar como se tivessem nascido para aquilo.

Ele se controlava para ser cavalheiro, como se ser ousado fosse capaz de estragar o momento, mas ele ofegava, não pelo esforço da dança, mas por imaginar o que existia a mais nela. Ela, feliz, entregue dançava. Como se nada mais existisse.

De rostos colados. Enamorados aconteceu o beijo, meio roubado, meio dado. Assim, como se fosse natural, como se seguissem um roteiro. Ela se sentia levitando, ele se sentia.. bem, isso ae ele muito sentia.

Ela foi embora.
Ele foi embora.

No dia seguinte ele ligou e disse que gostou muito dela. Depois ele nunca mais ligou.



Não é auto biográfico. 
É biografia alheia.

Just for Fun



































Fonte

Busco entopercimento:
corpos, copos...
Não sentir.
Não ter.
Não saber.
Não querer. 
Há tanto em mim,
que não cabe mais aqui.

8 de mai. de 2011

Ícara



Eu ousei fazer um par de asas para tentar voar. Alçar sonhos maiores, sair da comodidade do chão. As asas quebraram e eu despenquei. A cada baque  da longa queda, um osso quebrado.  Quando começam a cicatrizar, essas feridas, já estou eu a reformular minhas asas.  Diz o ditado que alguns aprendem por amor e os que não aprendem por amor, aprendem pela dor, mas quem não aprende pela dor, aprende com o quê?

6 de mai. de 2011

Ratazana

Entorpecidamente procuro, em vão, o vão aonde me escondia. Não encontro. Nu, exposta, posta à prova.  O veneno fazendo efeito, a dor lascinante no peito. Meus filhos no vão, não fiquem aqui. Meus filhos vão!!!

4 de mai. de 2011

Monólogo



Oi, caro Estranho. Não sei quem mais se perdeu nessa vida, se foi você ou se foi eu. Na ausência, no silêncio, nas horas de espera tórridas. Não sei qual a minha culpa apesar de ter tentado apontar a sua. Não sei qual a sua história, apesar de delirar mil versões dela. Ah, caro Estranho, não sei o que lhe dá medo, ou o melhor jeito de apaziguar a sua fome, mas sei do que há em mim que tem o seu nome.

Ai meu querido Estranho, são tantos sonhos e pesadelos. Tanto vazio e tanto desejo. As lacunas as vezes nem mais importam, apesar da verdade sempre vir a tona, e, à toa, continuo a tentar e tentar entender: as lacunas, o vazio, a ausência. As vontades de você são tantas que escorrem e evaporam em perfume e a fome permanece.

A fome que eu tenho sabe muito bem ser cruel. A fome que eu tenho sabe aonde doer, onde enloquecer e quando não-sumir. Tudo porque a paixão fora desperta, e a muito não alimentada.

Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet

Turning Tables, Adele


... e estava ali, a sentir-se especial. Como se o simples ato de viver fosse o maior ato de coragem que pudesse ter.  Pois é exaustivo o fardo de ser, de fazer, mas não tem como apenas viver, como vegetar, mas tem que ser viver, com tudo, ao tirar o máximo. Já que se está a viver, por que não tudo vencer? 

Meu pai dizia que para tudo se tem remédio, menos para a morte. Acho que a morte é o remédio máximo, mas enquanto se tem vida, existem mais alternativas.

1 de mai. de 2011



"O silêncio é o mais cortante dos instrumentos cortantes. Parece matelar-nos chão a dentro. Impele-nos cada vez mais para dentro de nossa própria culpa. Faz as vozes no interior da mente nos acusarem de forma mais maleóvola do que qualquer outra coisa."

Medo de Voar, Érica Jong

Embriaguez na sarjeta


Em um espírito de pura insensatez resolvi te procurar no fundo de uma garrafa. Gole a gole, lágrima a lágrima. Toda minha racionalidade se escondeu no sótão do meu cérebro esperando o momento louco que ela não sabia enfrentar passar. Toda minha dignidade se foi, pelo ralo. Queria gritar: maldito seja, por ter se escondido no fundo da minha garrafa!  Mas maldita era eu, que sem dignidade, sem pose e sem classe ia bebendo e bebendo, até não mais sentir, até não mais querer, até não mais chorar. 

A bebida acabou, as lágrimas secaram. A dor não passou. 
Agora eu vou, para o próximo bar.