Amor de internet é uma coisa assim, nem arte pós moderna o compreende, por ser tão demasiado abstrato. Assim, em um momento e um lugar não tão distantes, um jovem casal, sim jovem, porque na cyber era, trinta anos não te torna um balzaquiano, na maiorias das vezes ainda se é um adultoscente. Este casal em questão, era lindo, simplesmente não moravam de uma maneira que pudessem se ver diariamente.
Encontraram refúgio na webcam. Peça de roupa vai, peça de roupa vem, pois como moram em casas de família, privacidade é algo raro, ai o que faz o vai e vem quase sempre são as roupas. Ela, sempre com hormônios e desejos demais (seriam os frangos super bombados? comentavam algumas tias que sempre queriam torná-la adepta da comida mais natural) e num destes encontros fortuidos, numa simulação de uma bulinada a ser transmitida pelo cyber-espaço, sob forte influencia da prolactina e ocitocinas (se não sabe, google them), sai uma gota de leite pelo peito dela. Ele pergunta o que era aquilo, ela responde leite, ele retruca como? Ela responde: Estou grávida. Ele chora. Ela continua: não adianta chorar sob o leite derramado.
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