5 de jun. de 2010

Acabei de me despir, tirei o ultimo botão da camisa. Olho-me no espelho, o corpo ainda é o mesmo, apenas está vincado pelo tempo. Viro e vejo a cama vazia, a saudade me dói no peito. Não creio que o tempo seja um remédio, para mim o tempo é um intorpecente, vil e barato. Deixa as coisas com gosto de surreais, e as vezes me causam duvidas de outras coisas realmente existiram. O seu sem jeito quando nos conhecemos, foi real ou eu inventei? A sensação do tempo passando, a saudade crescendo. A melancolia me faz sozinha ou por estar sozinha que eu sinto a melancolia? Eu sinto tanto a tua falta, uma saudade fatal. O teu barulho pela manhã, o teu cheiro, se eu fechar os olhos e respirar fundo, sou capaz de te sentir de novo. Por mais entorpecente que o tempo possa ser, e por mais vincado que ele deixe o meu corpo, as marcas que você deixou na minha alma, não somem.

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