25 de jul. de 2011

Vivendo


Burrice tem remédio? Estupidez? Por que querer ser cego ao não ver o óbvio que assim escapa aos olhos e quase morre de gritar aos ouvidos que ficam surdos? Tentativa de cura do tédio? Na estúpida escolha de fazer castelos no ar e neles se abrigar, a queda é feia e o estrago é o pior. Porque os esfolados dos joelhos cicatrizam com o tempo, mas e os esfolados da alma? Se isso é o que não mata e fortalece, não sei bem o que significa ser forte. É ter cicatrizes? Provas de sobrevivência? Isso não comprova força. Ser forte não pode ser apenas sobreviver. Sim, o forte sobrevive, mas está um estágio acima desse mundo vegetativo. É virar as velas do barco e não apenas se deixar levar. Sei que não existem fórmulas magicamente prontas, que o mundo da voltas e nada é de fato definitivo, além da morte. Queria poder alegar que tudo isso é falta de sorte, mas a burrice estampada na testa e na camiseta não me deixam mentir. E, por muito tentei mas não sai no suor e nem com água sanitária.

O que não te mata, não te fortalece. Na verdade, te enrijece. Ser duro com a vida não faz a vida menos dura.

Um comentário:

  1. O dia de hoje está nostálgico, com um toque de tristeza. A memória faz mais do que trazer recordações, ela as reproduzem. Nesta reprodução, nasce um medo. De simplesmente não ser. Acho que esse medo é maior ou pior do que a dor de sangrar. Prefiro ser burra, do que não sentir. Para o amor, não existe fórmula, referência, só se conhece sentindo. E sabe, prefiro chegar na encruzilhada da vida com a seguinte sensação: Muitos são os que escutam acerca do amor, eu o conheci. Mesmo em sua pior roupagem, se não do lado de lá, ao menos no de cá...doendo aqui tb, acho q vou até publicar o que escrevi nessas linhas...enquanto ouço Bill Callahan (escuta ele, vai saindo com as lágrimas)

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