Ter essa percepção absurda do que pode-se dizer superficial, mas que é de algum modo profundo, cansa muito. Então ela se deitou. Estava calada, olhando o teto e pensando nas infinitas probabilidades dos desdobramentos que o dia de hoje teria, poderiam ser tantos, como poderiam ser nenhum.
Puxou a coberta até o queixo, suspirou. Queria se esconder do mundo. Ficou na cama por horas. Para ser exata deve ter ficado umas 15 horas na cama direto, deve ter levanto uma vez para ir ao banheiro apenas. Não queria se esconder do mundo, queria fingir que o mundo não existia.
Os sons do dia inundavam o quarto, o corpo reagia, queria ver o sol, mas ela relutava.
A graça do existir foi maior que o peso do não-ser.
negar também é querer; queira-te como muitos te querem; isso é duro, pesado.
ResponderExcluirMuito bom texto.Inda mais que ilustra situações vividas com frequencia por muitas pessoas nas cidades grandes. Solidão.
ResponderExcluirDia de paz pra você.
Que texto profundo..
ResponderExcluirAmei!!
Muito bom, mesmo.
bjos'
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A dor de existir.
ResponderExcluir"A graça do existir foi maior que o peso do não-ser."
ResponderExcluirGostei dessa tua reflexão...
Tantas e tantas vezes nos escondemos das coisas. Do mundo como você bem colocou! E por fim nos escondemos de Nós. Há quem teime um real confronto consigo mesmo, daí nos trancamos em nossos mundos - em nossos quartos figurados...Já dizia alguém que os olhos são as janelas da alma, de certo a coberta figura as cortinas!
Belo texto e bjaum!!